quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

À descoberta da América (do Norte) - Algumas notas

Estou a tentar repor as experiências vividas na semana 1 em Pittsburgh.

Graus centígrados é coisa que não existe aqui nestas bandas. Provavelment usam os Fahrenheits para não se desmotivaram com valores negativos. O ar é muito seco pelo que temperaturas de -6 a -9 (centígrados desta vez) são bem toleradas.


As pessoas


Os norte-americanos são muito simpáticos...há quem diga que são por vezes demasiado o que poderá esconder algum cinismo, mas estou certo que tais situações são pontuais.

São muito directos, e não têm qualquer problema em entrar em conversação com quem quer que seja, independentemente do local, sexo, idade ou etnia.

Existem por aqui muitas etnias...pelas minhas viagens de autocarro e idas a supermercados já fiquei com uma ideia grosseira...em Pittsburgh eu diria que 5 em 10 pessoas são de etnia africana, seguida pela asiática (umas 3 em 10 pessoas). A comunidade asiática é bem diversa: Singapura, Vietnam, Coreia, China, Índia, Tailândia, Japão, um nunca mais acabar de países representado esse continente. E apesar das aparentes semelhanças, são muito diferentes entre si. Quanto a música, rap e hip hop ouvem-se com muita frequência nos bares e carros (com brutais boom boxes que até fazem estremecer os vidros)


Os transportes


Motores de turbo-hélice, contagem manual de cabeças, e tripulação não fardada...os vôos domésticos são apesar de tudo muito agradáveis e convenientes. O preço não é lá muito bombástico (mesmo depois de fazer a conversão para euros), mas poupa-se de facto imenso tempo e dinheiro. Para terem uma ideia, uma viagem de ida e volta da costa ocidental até à oriental dos EUA custa 350 dolares (cerca de 250 euros), e a distância é qualquer coisa como 3500 km; uma viagem de ida e volta de Portugal à Grécia (3000km) custa na TAP qq coisa como 320 euros.


Os autocarros são muito estranhos...por onde começar? Bem, as campainhas são na realidade cordas de plástico espalhadas por todo o interior que podem ser puxadas para assinalar a saída na próxima paragem, um pouco à semelhança dos eléctricos da baixa de Lisboa, mas com melhor aspecto; existe ainda uma versão mais esquisita que substitui as cordas por faixas que podem ser pressionadas para fazer soar o "Stop Requested"...sim, porque os autocarros nos States até falam e tudo. :)

Os condutores são no geral atenciosos e não têm qualquer problema em ajudar as pessoas a descobrirem quais as paragens mais próximas do seu destino. Nos transportes de Pittsburgh há um grande respeito pela comunidade mais idosa e os deficientes. O condutor para ajudar uma velhota a subir mais facilmente para o autocarro pode fazer baixar o amortecedor da roda mais próxima da entrada para que o degrau seja bem mais acessível.

Outra coisa estranha são as saídas e entradas no autocarro...a porta de trás só muuuuito raramente é que é aberta.