sexta-feira, 27 de março de 2009

A procura do Vietnam - dia 7 (27/03/09)

Hanoi...

Chegaram as chuvas, os mosquitos e...os primeiros atritos do grupo.

Mas vamos comecar por onde normalmente comecam todas as historias.

De manha fomos tomar o pequeno almoco. Encontramos vietnamitas a deliciarem-se com os seus belos pho-bo's e pho-ga's (sopa de massa de arroz com carne de vaca ou galinha, respectivamente). Outros optavam por um simples cafe com gelo, ou com um pingo ou dois de leite.

Eu ataquei umas batatas doces a acompanharem o meu belo cafe com gelo, seguido de algo que nunca tinha provado antes: agua de coco bem fresca. Uma maravilha! Dizem que esta agua e melhor que a dos cocos de Africa. Depois de saciada a nossa sede e fome, atacamos o centro da cidade. Passamos pelo lago com a ilha da tartaruga. O lago e bonito, mas a agua e' estagnada e verde.

Ha quem passe o tempo 'a pesca nas suas margens, lancando um fio de pesca com uma pequena boia. No percurso em redor do lago deparamo-nos com uma arvore rodeada de japoneses completamente extasiados com a mesma. Disseram-nos que a razao para tanto alarido devia-se ao facto daquela arvore florir apenas de sete em sete anos, e que este fora um deles. Um dos nativos de Hanoi disse-nos no entanto que aquilo era tudo tanga. :)


Havia uma ponte que dava acesso a um pequeno museu onde estava uma tartaruga dissecada. Passamos ao lado. :)

Dirigimo-nos a dois mercados de rua, para comprarmos alguns fritos (uns spring rolls que agora sei que sao tradicionais do Vietnam, pois estao em todo o lado), cenouras, e uma papaia gigante, pelo que foi um almoco dificil de agradar a todos os gostos (como sou um lateiro, soube-me tudo muito bem, apesar da papaia nao saber a praticamente nada; todo o grupo foi unanime quanto ao sabor daquela fruta). :)
No final, nao haviam guardanapos disponiveis, e agua tambem nao. Para nojo de alguns, fui buscar uma folha de jornal que estava no chao e limpei as maos. Perfeito desenrascanso tuga. :)

Visitamos algumas pagodas, cuja construcao se mostrou muito mais pequena do que eu esperaria, e tornava-se dificil encontra-las, pois era da mesma altura que os edificios contiguos. Cada pagoda aparentemente tinha o seu animal (desde o sapo, passando pelo morcego, tartaruga e muitos outros).

Numa delas estava a ser celebrada uma cerimonia religiosa, envolvendo instrumentos musicais tais como tambores e pratos de choque (mas nao era musica que saia daqueles devotos). Nada mais se ouvia a nao serem as preces, apesar de existir um mercado mesmo ao lado com motas e carros buzinando constantemente. Passado pouco tempo, os membros da congregacao devem ter entrado em transe, pois lancaram-se numa cacofonia ininterrupta durante mais de tres minutos. Altura ideal para nos sairmos. Entramos no mercado, e ai vimos mais uns quantos legumes estranhos.

A ultima pagoda que iriamos visitar neste dia estava ainda longe, pelo que seguimos ao longo da margem do rio. As margens estavam repletas de peixes mortos. Mais ao fundo, haviam uns tapetes estendidos com pequenas mesas, onde casais se sentavam e partilhavam os seus momentos. Pela ideia com que fiquei, aqueles tapetes eram colocados por miudos, que interpelavam apenas casais de mota, e convidavam-nos a sentarem-se. Suponho que seguidamente, esses miudos serviriam de 'criados' para irem buscar bebidas aos casais, nos cafes do outro lado da rua, acrescentando ao preço, uma pequena taxa de serviço. :)

A pagoda era muito alta e bonita, e tinha o tipico telhado escadeado. Mas dado que estava 'a beira rio, os mosquitos comecaram a fustigar-nos.

Dirigimo-nos 'a praca do mausoleu de Ho Chi Minh. A praca era enorme, e tinha imensa gente praticando desporto. Enquanto caminhavamos pela praca, eis que um dos transeuntes nos chama...so' depois percebemos que estavamos numa zona de parada militar que era interdita a peoes. :) Ainda chegamos a assistir ao render da guarda. Momentos depois comeca a chover e a relampejar. Muito ficara ainda por ver, desde o teatro de marionetas, a primeira universidade vietnamita, o museu sobre a ocupacao francesa e respectivas prisoes, pelo que o tempo perdido na busca de comida 'a hora de almoco e as demoras constantes para a tiragem de belas fotografias comecaram a servir de argumentos para nao ter sido possivel ver tudo o que queriamos, pelo que as relacoes ficaram um pouco azedas entre alguns companheiros.

Regressamos ao hotel (que tinha todas as comodidades, tais como frigorifico, ar condicionado, tudo isto por uns sete dolares). Ja mais secos, fomos jantar a um local onde nos serviram bun-bo. Todos estavam um bocado a medo. Eu fui logo o primeiro a pedir um daqueles belos pratos de massa, com um Bin-Bao a acompanhar (uma especie de bola de berlim sem creme, e com muito pouco acucar; bem bom!). Enquanto alguns companheiros acertavam as suas picardias, sentou-se um casal de jovens (nao lhes dava mais de dezoito anos) ao nosso lado. Eu tentei imitar a maneira como eles seguravam os pauzinhos, olhando descaradamente para as maos deles. Eles olhavam muito divertidos para mim. No final, usei a minha tecnica para apanhar um bocado de Bin-bao que ainda sobrava numa das malgas, ao qual o casal acenou em sinal de vitoria, rindo. Despedi-me deles com um tam-biêt, ao qual responderam tambem, muito sorridentes.

Voltamos para o hotel. Esta na altura de lavar mais uma roupa e preparar a tralha para o nosso proximo destino: Ha Long Bay.

P.S.: perdi as minhas notas deste dia, e com elas, o nome da tailandesa (escrito em Thai), e o email da nossa compatriota portista. Mas ainda tenho esperancas que esteja algures no fundo da mochila. :)

1 comentário:

  1. Lindo Goes! E agora com direito a blogonovela, ainda melhor ;o)

    Mas os pauzinhos vietnamitas, não são iguais aos chineses ou aos japoneses? Tens que me ensinar essa arte recentemente, apreendida.

    Vou já se seguida para o próximo dia...

    Bêjos,

    Margarida

    ResponderEliminar