sábado, 4 de abril de 2009

À procura do Vietnam - dia 15 (4/4/09)

Hoi An nem parece Vietnam. Tudo demasiado limpo. A aproximação à cidade foi feita por entre resorts em construção, ao longo de quilómetros de praia. Na cidade haviam imensas lojas com souvenirs para todos os gostos. Vimos fazer estatuetas de madeira, sapatos, vestidos, tudo na hora. O rio à noite é muito bonito, com iluminação na água de cortar a respiração (vacas, peixes e dragões de papel enormes). A ponte japonesa era muito bonita e de lá podíamos avistar parte da iluminação. A ponte era de madeira, toda ela fechada, com um altar no meio.
Ao jantar fomos descobrir o Cao Lao, o White Rose e o Wonton. Tudo muito bom. No dia seguinte o grupo separou-se. Uma parte visitou a ilha, a praia, e o mercado. A outra foi a Myson. A praia foi comparada com a Costa da Caparica, de água tépida, um pouco picada e pouco cristalina. O tempo ligeiramente nublado também não ajudou. A ilha não tinha muito que ver. O mercado de manhã é que tinha outra vivacidade, mas de tarde também se mostrou muito movimentado. (nota: as pessoas entravam no mercado de mota, pedindo carne, legumes e outras iguarias sem sequer se desmontarem. Muito prático) (nota 2: as casas vietnamitas tem uma sala que serve de garagem para as motos, e de stand de vendas para a loja. Ao fundo tem a cozinha, e no primeiro andar os quartos, que por vezes alugam. Pelo que percebi eles dormem na sala tambem). As casa sao muito estreitas mas profundas, permitindo que hajam imensas casas/lojas numa unica rua. Voltando a Myson, o guia era muito divertido (chamava-se Jung Jung). Aprendemos com ele imensas coisas acerca daquele monumento, desde as tecnicas de construcao, passando pela guerra, religiao e queda do imperio Champa'). O nosso grupo intitulava-se "The Tigers" (o outro grupo era "The Spiders"). Nota: os tijolos nao tinham argamassa, ' excepcao dos restaurados. Eram polidos nas zonas de contacto, e o po' misturado com mel, acucar, e agua, para meter entre os tijolos. No final, metiam madeira 'a volta da construcao e ateavam fogo para cozer os tijolos e solidificar a estrutura. So' depois e' que faiam os entalhes com estatuetas.
Myson foi o unico sitio em que senti que estava mais perto do ambient da selva. Brutal! As construcoes em redor estavam muito destruidas, mas a principal ainda tinha muito encanto (nota: esta construcao tinha duas funcoes: a de centro religioso e de cemiterio).
Parecia tudo muito mais selvagem e primitivo do ue Angkor Wat. O grupo reuniu-se 'a hora do almoco, seguindo-se a seguir mais um frenesim de compras, e incursao ao mercado.
Compramos larvas escaldadas. Nada mas, mas os viets nao costumam comer aquilo, a jugar pelas caretas sorridentes que faziam ao ver o nosso saquinho de 'tremocos'. Enquanto esperavamos pelo autocarro, joguei peteca com os miudos viets (fui convidado por um deles). Sao 18:50 e os meus companheiros ja' dormem no sleeping bus. Esperam-nos mais doze horas de viagem, e oitocentos quilometros de estradas pouco amigaveis.
Nota: de manha e 'a tarde comemos umas sandochas de peixe bem 'a maneira. Metem umas ervas aromaticas, com um sabor bestial. Nota 2: vi uma mota de transporte de 'cilindros de cozinha'

2 comentários:

  1. Pelo relato, parabéns pela escolha, tiger!

    Perguntaste que ervas aromáticas eram ou confiaste apenas no efeito ?;o)

    Bêjos,

    Margarida

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  2. Pedir a um vietnamita para dizer o nome da erva aromática, é a mesma coisa que pedir a um tuga para cantar o hino vietnamita em senegalês. Ou seja, ele diz-te o nome, mas tu continuas sem perceber patavina o que é. :D
    Mas o efeito era viciante. Queria sempre mais um bocadinho e não sei explicar porquê. ;)

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