sexta-feira, 10 de abril de 2009

À procura do Vietnam - dia 21 (10/4/09)

Mais um dia em Saigão...o último...fomos fazer o resto das nossas compras e despedirmo-nos daquelas ruas e pessoas que nos acolheram sempre de sorriso aberto.
Passámos por uma gelataria a peso, e desforrámo-nos nuns gelados à maneira (mas com um preço nada à maneira. :D ). Claro está que escolhi para topping, uma fruta estranha: o dragon-fruit. Tem um sabor muito suave, mas muito bom. A fruta é estranha não só em aparência como também no conteúdo (branco, carnudo, e cheio de pequeníssimas sementes pretas). por baixo do dragon fruit vieram atrás quase quatrocentas gramas de gelado de nata, chocolate, baunilha, tutti-frutti (que era fenomenal), amendoim torrado, e pedaços de kiwi. :)
Enquanto comíamos, lá fora começara a cair um dilúvio (bom timing). Estranha combinação aquela de calor intenso, sol, e ao mesmo tempo, chuva torrencial. :)
Dado que já tínhamos feito o checkout do hotel, e o grupo estava com dificuldades em aguentar o calor das quatro da tarde sem ar condicionado, chamámos o taxi e fomos pra o aeroporto, prescindindo assim dum belo jantar de marisco, para muita pena minha.
O que nos valeu é que o taxista era um grande bacano. Era fanático por música dos 70's e 80's, pelo que vim a fazer um karaoke com ele pelo caminho, tanto para gáudio dos ocupantes como para quem parava de mota ao lado do carro. O taxista tinha um especial fervor quando chegava ao refrão duma música que gostasse muito, demonstrando todo aquele sofrimento que o cantor devia estar a sentir quando escreveu aquelas letras (tudo com uma encenação facial bem treinada). As pessoas que passavam de mota, partiam o coco a rir, pois tanto eu como ele fazíamos questão que os ouvintes de fora soubessem qual era a música que passava no momento. Artistas tais como Cher, Bryan Addams, George Michael, e outros que nem sei o nome por terem músicas mais velhas que eu, rodavam nas pistas daqueles CD's.
Falámos de futebol, aprendemos mais umas coisas em vietnamita, entretemos as pessoas que passavam de mota, cumprimentando-as efusivamente, as quais nos respondiam com um sorriso, isto ao mesmo tempo que circulávamos naquele transito absolutamente caótico, e que ainda estou para perceber como é que o taxista nos levou até ao aeroporto sem um arranhão no carro (é da experiência, não pode haver outra explicação).

Despedimo-nos do taxista, mas não do Vietnam (ainda). Chegámos lá muito cedo (18:00). Enquanto esperávamo pela abertura do check-in (às 21:30), jogámos um bocado com uma peteca já usada, que encontrei num dos hoteis (e muito nós jogámos... :D ).


Peteca (em vietnamita chama-se "da cau") (foto de cortesia)

Quando abriu o check-in, fomos para a fila. Parecia que todo o contrabando ía sair do país a partir daquele vôo, pois cada passageiro levava pelo menos dois caixotes de cartão canelado, com dezenas de volumes de tabaco, entre outras mercadorias.
A vietnamita que estava a atender era a personificação da beleza em pessoa, vestida com um fato tradicional vietnamita (Ao Dai, mas pronuncia-se "ao hoai" ou "ao zai"), o que acentuava a silhueta do seu corpo atlético, ficando ainda mais sexy.


Vestido tradicional vietnamita (Ao Dai) (foto de cortesia)

Devia ser a primeira que encontrámos que se notava que pintava os lábios carnudos. Normalmente elas dão muita importância aos pelos das sobrancelhas, e não se pintam. Também não precisam, porque a pele delas tem sempre um aspecto jovem e muito saudável. Os homens por seu lado, dão importância aos pelos desgarrados que lhes aparecem na face, e que arrancam com a ajuda duma pinça...e do espelho retrovisor da mota.

Para ajudar a passar o tempo, jogámos mais um pouco de peteca, e desta vez, até os funcionários - que eu pensava que vinham ter conosco para dizerem para pararmos com aquele espectáculo - juntaram-se a nós para uma jogatana. E jogavam bem, apesar de estarem de fato e sapatos (super-escorregadios naquele piso). :D

Vamos agora entrar no avião para Seoul...

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